Correndo. Vivendo. Não-sabendo.
Sempre.
Terminar o texto do blog enquanto se conversa com duas pessoas no msn e mais uma no Google talk, enquanto se ouve uma música no iTunes, enquanto se baixa uma discografia no e-mule (já que o bear share deu pau), enquanto se escolhe qual fotografia colocar no fotolog, enquanto se sincroniza os dados com o Palm.
Falar ao celular enquanto se está preso no trânsito, enquanto se retoca a maquiagem ou se arruma a gravata, enquanto se ouve o último CD da Ivete ou da Joss Stone (CD pirata, claro, comprado no Stand Center), enquanto se dobra e desdobra o jornal para ler o caderno de economia ou de lazer, enquanto se breca bruscamente porque o filha da puta do cara da frente brecou bruscamente.
Montar uma apresentação de powerpoint enquanto se fala ao telefone (aquele com duas linhas) com um cliente e com um fornecedor, enquanto se responde ao último email do chefe cobrando uma resposta ao email do setor de marketing, enquanto o messenger pisca com convites para dois Happy Hours diferentes (no mesmo dia), enquanto se olha para a cara do estagiário que te olha com aquela cara de "que que eu faço agora", enquanto se tenta entender a piada do colega da mesa ao lado.
Ter um relacionamento indefinido com ela.
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Paciência - Lenine e Dudu Falcão
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara